segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Um algo a mais em um infinito de informações


Não é nada estranho, quando o infinito de informações legítimas e ilegítimas faz como que a realidade seja distorcida.
A ilegitimidade de informação é o ponto de vista do universo de informações que baseia-se no mundo imaginário, no mundo tridimensional, que acredita em papai noel e coelho da páscoa.
Neste universo de informações o verdadeiro e o real estão perdidos em meio a tantas maquiagens que muitas vezes a notícia traz.
Às vezes encoberto por máscaras, e com transtornos bipolares, crises de identidade.
O império do achometro, do faz de conta, onde a noticia está perdida entre o primeiro e o segundo parágrafo, de modo quadrado e seco, o império das mentiras, e da curiosidade da vida alheia, a sociedade das imagens...
E o algo a mais ficou perdido, entre o primeiro e o segundo parágrafo de alguma noticia perdida em algum jornal ou noticiário, ficou perdida em meio a imagens e besteiras, ficou perdida.
E junto com a informação o real também está perdido, nas páginas da internet nos programas de TV, nas estantes das bibliotecas, salas de aula, levemente distorcido e perdido entre o primeiro e o segundo parágrafo.
Amamos ás pessoas erradas odiamos pessoas mais erradas ainda, construímos heróis e fantasiamos o mundo a nossa volta, e não diferente de todos estamos perdidos entre o primeiro e o segundo parágrafo, estamos perdidos entre a primeira e a segunda rua o primeiro e o segundo andar, entre o primeiro e o segundo amor, primeiro e segundo casamento, entre a primeira e segunda vida.
Lemos errado interpretamos mais errado ainda, nos contentamos com pouco, com falta de realidade, existe um velho ditado que diz “a cada conto aumenta um ponto” e entre tantos contos a realidade está perdia.
Ajudamos a construir nossa realidade e distorcer ás dos outro, construímos ditados e usamos os mesmos como filosofia de vida, movimentamos a máquina do consumo, a máquina das imagens levemente distorcidas. Criamos nossos filhos perdidos assim como nossos pais nos criaram e assim como nossos avós também fizeram, e assim será.
Acreditamos em deus, em políticos, em imagens, em livros velhos e podres, em doutrinas primitivas onde o sangue ainda vale mais que palavras, onde nós criados assim como todos sentimos sede de sangue e nos tornamos vampiros, nos tornamos seres “pensantes” e como está escrito nos livros somos evoluídos, criamos guerras, armas, bombas, doenças ou seja, somos ratos portadores da peste negra.
Somos comodistas, esperamos sentados no sofá à morte, nos contentamos com pouco um pouco quase nada, e assim essa falsa realidade torna-se real e a notícia se perde porque estamos perdidos como as pessoas que escrevem a nossa realidade e entre o terceiro e quarto parágrafo a notícia se perde por completo e nos convence que é real...
Peço desculpas por qualquer erro gramatical ou de digitação...


terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Até onde vai nossa vaidade...


Onde nos travestimos, nos fantasiamos, para ficar nos padrões da grande massa...
Até onde vai essa beleza louca, contemporânea de anorexicas, esqueletos humanos contaminados por essa nova moda cruel, que parecem mais com corpos de Auschwitz?
Será que esse ser humano está morrendo por completo? A imagem é tão importante a ponto de custar uma vida? Quantas pessoas já morreram fazendo lipoaspiração e outros tipos de modificação estética?
Palavra estranha essa que vem junto com a síndrome do pânico e tantas outras doenças que a sociedade criou.
Será que estamos vivendo em uma era de aparências?
Será que nós, seres contemporâneos, estamos querendo um espelho das esculturas gregas ou um espelho de Roma?
Sociedade do efêmero ou marionetes, macacos facilmente adestrados?
Sociedade da imagem virtual, da realidade distorcida, dos valores abstratos.
Junto com a internet, blogs, fotologs, seconds life, etc...
Junto com cavalos de tróia, trojans e tantos outros vírus que atacam nosso sistema imunológico digital, nossa identidade virtual.
Será que estamos nos tornando ciborgs ou marionetes da globalização?
Comemos comida congelada, Fast food, enlatados sintéticos, comida de robôs.
Será que o futuro está tão longe?
Lemos, assistimos jornais pela internet, movimentamos nossa conta, nossa vida pelo ciberespaço...
Compramos, criamos, nos apaixonamos pela internet...
Um vício?
Uma necessidade do novo século?
Uma simulação do real, uma copia?
Será que somos tão idiotas a ponto de acreditarmos em algo tão surreal, em algo sistemático?
Dedicar parte de nossa vida a essa outra dimensão?
Com todas essas perguntas chegamos ao ponto crucial, o ser humano, não a sociedade, que gosta de ser enganada e delicia-se com isso mesmo sabendo que isso é uma farsa, ou seja, um simulacro.
A internet é um espaço livre, um espaço que se pode intitular dionisíaco, onde pessoas namoram, fazem sexo, brigam, roubam, constroem e destroem, distorcem a realidade...
Estamos realmente vivendo em um mundo inteiramente real?
Até que ponto vale a pena entrar nessa dança de cyborguização, lipoaspiração, de globalização?
Será que estamos realmente nos tornando uma simulação de nós mesmos, como já falou Baudrillard?
Ou Nietzsche realmente estava certo com a morte do ser humano, e esse super homem como ele cita é o cyber-homem, o homem que emerge do caos, mas que contém toda informação, o super homem que Nietzsche tanto falava seria o cyborg, o internauta?
Para os cristãos será que estamos diante do apocalipse, e a rede que fará o arrebatamento?
Na verdade, quem somos nós?
Será que isso que tanto gosto e faz parte de mim é realmente minha personalidade?
Não estamos somente transformando nossos corpos, estamos transformando nossas mentes, nossas vidas, criando novos ritos, construindo novos mitos, no real ou no imaginário.